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Da Redação
O projeto Arte, Cultura e Costura, que ensina fundamentos da moda mulheres cis, mulheres trans, travestis e homens trans, está com sua primeira turma de 40 pessoas em Campinas. A disciplina tem a duração de 15 semanas e é dividida em três módulos.
A iniciativa é do Instituto Tomie Ohtake, com patrocínio de Pepsico e WestRock, e conta com o apoio do Centro de Referência LGBT da Secretaria Municipal de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos de Campinas. Conta também com a parceria da Ação Educativa e do Guia Negro.
Segundo Jogê Pinheiro, mediadora do Arte, Cultura e Costura, o projeto promove um espaço de aprendizagem, criação e reconstrução a partir da arte e da costura, estimulando a autonomia individual e coletiva por meio de experiências culturais e instrumentais relacionadas à moda. Jogê Pinheiro acrescenta que a ideia é estimular o empreendedorismo e “culturabilizar” o mundo da moda, tornando-o mais acessível a pessoas que muitas vezes se imaginam fora dos padrões “fashion”.
O projeto Arte, Cultura e Costura está na sua 4ª edição, mas antes sempre era limitado à cidade de São Paulo. Pela primeira vez está sendo desenvolvido em Campinas. Esta edição criou 80 vagas para pessoas das cidades de São Paulo e Campinas, sendo 40 em cada cidade.
As aulas são presenciais e contam com oficinas e palestras que contribuem no processo criativo dos trabalhos e estimulam a proximidade dos estudantes e a criação de redes. Para além das atividades em classe, estão previstas visitas a instituições culturais e de referência Negra e LGBTQIA+ nas cidades de São Paulo e Campinas, produção e realização de desfile, vídeos “fashion film”, além de um minidocumentário. Segundo Jogê, o Projeto terá como atividade final um desfile de moda. Ela acrescenta que em São Paulo será no Instituto Tomie Ohtake e pensa na possibilidade de também realizar um desfile na cidade de Campinas.
O programa pretende trazer a reflexão sobre reconhecimento e construção de identidade a partir de conceitos e técnicas da moda, proporcionar subsídio ao trabalho de costura a partir da abordagem de temas de arte e cultura, fornecer ferramentas e conhecimento com vistas à empregabilidade, expressão e expansão de perspectivas da arte e da moda, além de estimular a criação de relações entre os participantes e a ocupação dos espaços culturais da cidade.
Em suas primeiras edições, o Arte, Cultura e Costura foi contemplado com o Selo Municipal de Direitos Humanos e Diversidade do município de São Paulo, que reconhece boas práticas de gestão da diversidade e promoção dos direitos humanos em empresas, órgãos públicos e organizações do terceiro setor.