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Seu pet está obeso?

Da Redação

Pet 03/03/23

O seu pet está mais quietinho, sem querer muito se movimentar. Você sabia que ele pode estar obeso? Isso mesmo, assim como ocorre com os humanos, a obesidade em pets também é uma doença recorrente, pois afeta mais de 40% de cães e gatos pelo Brasil, principalmente, animais adultos e idosos. 

A veterinária Ana Letícia Rubello, explica que diversos fatores auxiliam no desenvolvimento da obesidade em cães e gatos. “O motivo pode ser desde a questões de genética, raça e idade, até sedentarismo e ausência de atividade física. Podem ocorrer ainda problemas com a composição calórica e nutricional da dieta, além de endocrinopatias e medicamentos”, salienta. “Há ainda fatores relacionados ao comportamento dos tutores, principalmente, na administração petiscos e outras guloseimas”, elenca. 

A grande questão é que, quando o animal está obeso e não recebe nenhum tipo de tratamento, as chances são altíssimas de desenvolver outras doenças como artropatias, distúrbios circulatórios (hipertensão), endocrinopatias (diabetes mellitus), restrição respiratória, hiperlipemia e esteatose hepática. São complicações que, além de interferirem na qualidade de vida e na longevidade, pode levar o animal a óbito. 

Por isso, é importante que o tutor esteja sempre atento aos sinais incomuns do pet no dia a dia, com destaque aos animais com idade entre 7 e 11 anos. “O peso corporal pode ser um sinal indicador, variando entre raças e faixas etárias, além de cansaço fácil e intolerância a exercícios”, diz Ana Letícia, que acrescenta ainda que o diagnóstico preciso deve ser feito por um veterinário. 

O diagnóstico de obesidade em animais é realizado por meio da inspeção e palpação direta. Pode ser utilizado escore de condição corpórea, na qual é determinada com as medidas da circunferência pélvica e comprimento da tuberosidade do calcâneo ao ligamento cruzado, trazendo-nos uma estimativa da porcentagem de gordura corpórea. “Por fim, exames de imagem como ressonância e tomografia podem auxiliar. Caso o pet seja diagnosticado com a doença, o médico-veterinário deve indicar tratamento que incluem mudança alimentar para estimular redução de peso, dietas com restrição calórica e prática atividade física, bem como monitorização do paciente com seu escorre corporal e exames laboratoriais”, explica. 

Mais importante do que ter o tratamento adequado é prevenir para que o animal não se torne obeso. Para isso, a veterinária orienta os tutores a ficarem atentos com a rotina do animal. “Entre os gatos, as raças com propensão a obesidade são: raça manx, maine coon e russian blue. Já entre os cachorros, a propensão à obesidade é maior para o basset hounds, beagles, cocker spaniels, dachshunds e labradores. As refeições devem ser ofertadas de duas a quatro vezes por dia, com a quantidade específica para cada animal, sendo que a alimentação caseira é a mais saudável e nutritiva. Caso não seja possível, podem ser utilizadas rações com ingredientes de qualidade e sem corantes”, destca. 

As caminhadas são essenciais para a perda calórica. Sendo assim, dê preferência a locais abertos, em horários adequados, e respeite sempre os limites físicos do animal. “Apesar de não precisar de passeios regulares, os gatos podem ser estimulados por meio de brinquedos recreativos”, finaliza.

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