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Da Redação
O IBEF Campinas (Instituto
Brasileiro de Executivos de Finanças) elabora anualmente uma pesquisa econômica
com seus associados da região metropolitana de Campinas e o resultado de 2021
acaba de ser divulgado.
Os executivos, que são presidentes
de empresas (CEO’s), diretores financeiros (CFO’s), controllers e gerentes dos setores de indústria, comércio e
serviços, responderam a 10 perguntas relacionadas às expectativas do ambiente
econômico brasileiro para este ano, e de acordo com Valdir Augusto de Assunção,
presidente do IBEF Campinas, os resultados surpreenderam. “Em função da
pandemia que estamos vivendo, imaginamos um cenário mais pessimista, porém,
enxergamos algum otimismo nos números apresentados pelo empresariado”, disse.
O questionário abrangeu desde
taxa de câmbio e faturamento a geração de empregos. Cerca de 50% relataram que a
pandemia decorrente do coronavírus resultará em redução do faturamento de sua
empresa, o que já era esperado diante da situação que se prolonga. Porém, 20%
disseram que não haverá impacto e outros 30% estimaram um aumento (variando de
10% a 40% no faturamento).
Fatores
de impacto
Quando perguntados sobre os fatores
que mais impactarão os negócios das empresas, os executivos mencionaram o
ambiente político e regulatório em primeiro lugar, com 77% das respostas,
seguido do receio do aumento da inflação. “Já os maiores focos de investimentos
estarão em fomentar estratégias de vendas, seguidos de ações para ganho de
produtividade e de investimentos em inovação de produtos e serviços”, comenta
Assunção.
Economia brasileira e taxa
cambial
Um dado que demonstra que o
otimismo ainda tem lugar no meio empresarial é que cerca de 70% acreditam que o
PIB brasileiro crescerá em 2021, mas esse crescimento não será maior que 4% na
maioria das opiniões. E cerca de 20% estimam, ainda, que haverá uma redução na
atividade econômica. “Com relação a taxa de câmbio (R$/US$) para o final de
2021, não se espera grandes flutuações e a maioria dos executivos (80%) estima
que o dólar estará entre R$ 5,00 e R$ 6,00”, diz o presidente do IBEF Campinas.
Geração de emprego
As expectativas de geração de
empregos são otimistas entre os participantes da Pesquisa Econômica do IBEF
Campinas. Somente 10% das empresas planeja reduzir o número de funcionários,
enquanto 50% pretendem manter estável e 40% deve aumentar o número de postos de
trabalho em 2021. Para 78% desses executivos, a reforma tributária deveria ser
a principal ação do governo para reduzir o nível de desemprego, seguido da
privatização de estatais e do investimento em educação básica.
Na maioria das empresas, os
profissionais estão num nível intermediário de transformação e conhecimento
digital. Já os de nível inicial e avançado representam 20% cada.
Diversidade e inclusão
“No quesito diversidade no
ambiente de trabalho, nota-se que há muito a avançar, uma vez que 53% dos
executivos responderam que o tema está em fase inicial de discussão interna ou
sequer está contemplado no planejamento da empresa”, conta Assunção. “Em
contrapartida, 47% das organizações estão promovendo e incentivando a
diversidade e a inclusão, todavia bastante concentradas em contratações de trainees
e estagiários”, finaliza o presidente do IBEF Campinas.