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Outubro Rosa Pet: câncer de mama também afeta os pets

Da Redação

Geral 03/10/22

Outubro é o mês de conscientização da luta contra câncer de mama e, assim como ocorre com os humanos, o alerta de prevenção se estende aos pets. Isso porque, segundo o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), em média 45% das cadelas e 30% das gatas podem desenvolver a doença (neoplasia mamaria), com tumores que podem ter origens benignos ou malignos. 

O câncer tem característica silenciosa e afeta principalmente fêmeas, não castradas, com mais de sete anos de vida. É por isso que a castração se torna indispensável na luta contra a doença. “O tumor mamário dependente de questões genéticas e hormonais para se desenvolver e, com a castração, conseguimos cessar essa produção. Para se ter uma ideia, estudos indicam que 99% das cadelas castradas antes do primeiro cio não desenvolvem câncer de mama. No caso das gatas, a castração reduz entre 40% e 60¨%”, revela a veterinária da clínica de pequenos animais do Hospital Veterinária do Grupo UniEduK, Danieli Perez Fernandes.

O ideal é castrar cadelas e gatas entre seis a sete meses de vida, que é o período entre o primeiro e o segundo cio. Evitar o uso de anticoncepcionais também é um grande aliado contra o câncer de mama. “As ‘injeções anti cio’ são ‘grandes vilões’ para desencadear tumores de mamas, bem como causar infecções uterinas”, revela Danieli.

Apesar não existir uma predisposição racial, o câncer de mama costuma ser mais evidente em raças como poodle, cocker spaniel, pastor alemão, fox, boston terrier, entre outros. E nos felinos destaque para os siameses. 

Além da castração, a veterinária alerta para que os tutores fiquem atentos aos sinais e possíveis mudanças físicas nos animais, tais como: caroços na região das glândulas mamarias, dor na região das mamas, presença de secreções na região mamaria, apatia, falta de apetite, febre e dificuldade respiratória quando há evolução para pulmão.

O câncer de mama tem cura, mas para isso é fundamental que seja diagnosticado o mais breve possível. A identificada da doença ocorre por meio da palpação de nódulos em mamas, através de exame clínico. Após a constatação, é necessário a realização da PAAF, uma punção com agulha fina para analisar o tumor e identificar se o mesmo tem origem benigna ou maligna. “Outros exames que auxiliam no diagnóstico do câncer de mama são de citologia, radiografia de tórax, histopatológico, ultrassonografia e tomografia”, acrescenta a veterinária. 

A escolha pelo tratamento do câncer de mama, bem como a sua cura, vai depender muito do tipo de tumor, sua complexidade e em que estágio se encontra a doença. “A primeira escolha no tratamento é a remoção cirúrgica, com margens amplas, e pode ser seguido ou não de tratamento quimioterápico. Em neoplasias mamárias a taxa sucesso é alta, porém, desde que diagnosticadas e tratadas rapidamente”, explica Danielle.

Segundo dados do CFMV, 20% dos diagnósticos são tardios, o que, consequentemente, dificulta o tratamento. Por isso, o ideal é realizar um check-up de tempos em tempos. 


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