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Meninas sofrem mais com escoliose

Da Redação

Geral 11/01/23

Estima-se que 2 a 4% dos adolescentes com idade entre 10 e 20 anos apresentem o problema, segundo dados da Organização Mundial de Saúde OMS, 6 milhões de brasileiros tem curvatura acentuada na coluna vertebral e 50 milhões de crianças no mundo.

Popularmente chamado de “coluna torta”, a escoliose caracteriza-se pela curvatura lateral da coluna quando observada de frente. Pode estar presente desde o nascimento, assim como se desenvolver na infância, em sua maioria dos casos são leves, mas o mais comum é surgir na adolescência durante a fase do estirão puberal que é a fase de crescimento acelerado na fase de puberdade, é mais comum nas adolescentes do sexo feminino.

Há diferentes tipos de escolioses em relação a sua origem (degenerativa, neuromuscular, congênita). A escoliose pode ter origem congênita, ou seja, desde o nascimento. Devido à malformação da própria vértebra, podendo ter origem neuromuscular, desta forma problemas de saúde como a paralisia cerebral, lesões medulares e algumas distrofias musculares podem levar ao aparecimento desta curvatura exagerada da coluna vertebral. 

“O mais comum na população é a escoliose idiopática do adolescente, que ainda não apresenta uma causa conhecida para sua origem. De uma maneira geral é percebido pelos pais ou pelo próprio adolescente através da diferença de altura dos ombros, ou do mesmo do quadril, quando olhado de frente”, ressalta o neurocirurgião, Felipe Mourão

O sintoma mais marcante para o adolescente é a dor, mas o aspecto social que envolve este tipo de deformidade não pode ser desconsiderado na vida de um adolescente. “O diagnóstico é confirmado através do exame físico, onde avaliamos o dorso e a altura dos ombros e quadril, assim como com exames de imagem principalmente radiografias panorâmicas da coluna vertebral”, completa Mourão.

O que causa escoliose? 

A escoliose pode ter origem congênita, ou seja, desde o nascimento. Devido à malformação da própria vértebra, podendo ter origem neuromuscular, desta forma problemas de saúde como a paralisia cerebral, lesões medulares e algumas distrofias musculares podem levar ao aparecimento desta curvatura exagerada da coluna vertebral.

A forma mais comum de aparecimento é a escoliose idiopática do adolescente, recebe este nome por ser mais comum de acontecer na adolescência, durante a fase de crescimento do esqueleto, a coluna nasce normal e vai curvando ao longo do crescimento. 

Qual o sintoma da escoliose? 

O neurocirurgião explica que de maneira geral, a acentuação da curvatura lateral da coluna não causa dor. Por isso, em alguns pacientes o diagnóstico acaba sendo tardio, com curvas mais avançadas. Por isso que recomendado acompanhamento médico, uma vez que o diagnóstico precoce faz toda diferença na condução e evolução do paciente. 

Segundo o especialista, pais ou cuidadores e até mesmo a própria pessoa percebe o desalinhamento dos ombros ou do quadril (cintura). “Esta é a forma mais fácil de perceber a escoliose, percebendo a alteração faz-se necessário a avaliação do especialista em coluna. O Especialista solicita a radiografia panorâmica da coluna vertebral e avaliação do ângulo de Cobb que é uma técnica para medir a deformidade da coluna vertebral, já em crianças a avaliação é feita e a classificação de Risser é usada para classificar a maturidade esquelética”, explica.

“Outro ponto fundamental é a definição da maturação óssea do esqueleto também medida através da radiografia do punho ou bacia onde avaliamos o índice de Risser. Nesta avaliação é possível identificar a capacidade de progressão da curvatura e somente após avaliação da curvatura da maturação do esqueleto o tratamento poderá ser definido”, acrescenta o médico.

Como tratar escoliose? 

O tratamento pode ser feito de forma conservadora através de fisioterapia e uso do colete dependendo do grau de curva. O tratamento cirúrgico deve ser estabelecido em algumas condições, entre elas: progressão da curva, apesar do uso de órtese. Cirurgias são feitas em situações de curvas elevadas, aquelas superiores a 40 graus ou em progressão apesar do tratamento conservador.


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