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Fogos de fim ano: um tormento para muitos pets

Andréa Barbieri

Pet 13/12/21

O Natal e o réveillon estão próximos, e é uma época temida pelos tutores de animais de estimação. O barulho causado pelas festas que produzem estouros, buzinaços e sons altos, muitas vezes os pets entram em pânico e ficam desorientados, podendo se machucar ou fugir de casa, por exemplo, correndo o risco de ser atropelado nas ruas ou mesmo, correndo o risco de se perder.  

O veterinário Francis Flosi, conta que esse medo de fogos de artifício e outros sons é uma fobia muito comum principalmente nos cães, é normal eles se assustarem com o barulho alto e repentino e o clarão que se forma no céu. “Mesmo o cão mais confiante e equilibrado pode se assustar e ficar com medo de sons que não são familiares para ele. Por sinal, esses casos são muito atendidos pelos nossos especialistas nesta época do ano”, afirma.

O especialista conta que o cão possui audição muito sensível, podendo escutar a origem do som em até seis centésimos de segundo e chegando a escutar até 45 mil hertz. “O som dos fogos (também alarmes, buzinas e trovões) pode ser uma fonte de inquietação. Essa sensibilidade se desenvolveu ao longo da evolução, com o intuito de detectar presas e aprimorar a comunicação com outros companheiros da matilha”, destaca Flosi.

O veterinário Francis Flosi, dá dicas que como acalmar o pet com os fogos de fim de ano

Francis aponta que como não temos controle em relação aos fogos, é possível ajudar os cães a ficarem mais tranquilos com algumas atitudes. “Antes da época das festas, o ideal é dessensibilizar o cão. Uma dica é utilizar vídeos com sons de fogos, que podem ser encontrados na internet. Você pode começar com volumes baixos, em uma altura que você perceba que ele não se sinta incomodado. Durante este período seja natural, brinque com ele e ofereça petiscos, para que o som, antes assustador, comece a ter relação com momentos de alegria e prazer. Faça este procedimento diariamente e cada dia, estando seu pet confortável e feliz, vá aumentando o volume gradativamente, até que ele se acostume totalmente”, frisa o veterinário.

Outra dica é se o cão costuma ficar com medo de fogos de artifício, barulhos em geral, estressado com viagens, idas ao médico veterinário especialista ou atividades fora da rotina, é indicado oferecer um petisco funcional que pode tranquilizá-lo, que contém triptofano, para manter o pet mais tranquilo e ajudá-lo a superar as situações de estresse.

O especialista ainda alerta para que nunca deixe o pet sozinho. “Quando programamos uma viagem também precisamos programar o que faremos com nosso pet, seja pedindo para alguém de confiança ficar com ele ou contratando serviços de dogsitter ou hotel para cães, o importante é garantir que ele se sinta seguro nas horas mais barulhentas”, elenca. 

Não deixe os cães acorrentados, pois ao ouvir os fogos, eles entram em pânico e podem acabar se sufocando. Mantenha o local seguro, livre de objetos que possam machucá-lo. “Se há piscina em casa, cubra-a bem para evitar que animais assustados caiam e se afoguem nela. Lembre-se de que mesmo sabendo nadar, se o nível da água estiver baixo, eles não conseguirão sair sozinhos”, frisa Flosi.


Além disso, feche portas e janelas para evitar fugas. Assim você garante que eles ficarão protegidos dentro da sua casa. Se há mais de um animal em casa, separe-os, pois com o barulho alto, eles podem se assustar e brigar entre si. “Sirva a ração em pequenas refeições. Com muito alimento no estômago, ele pode ter problemas de digestão e até uma torção gástrica, caso entre em pânico. E se o pet é do tipo que fica muito assustado, procure um médico veterinário de confiança, especialista em comportamento e peça indicações de ansiolíticos para os dias mais críticos”, destaca Francis.

No momento dos fogos, feche a janelas e portas do local, ligue a televisão ou rádio (volume não exagerado) e se possível um ventilador para abafar o som e ruídos de fora. Aja naturalmente e com tranquilidade, caso ele queira se esconder, deixe-o à vontade sem forçá-lo a ficar no seu colo, apenas caso ele sinta necessidade e venha pedir abrigo com você. Muitas vezes em que os abraçamos e assumimos uma postura de querer protegê-los, passamos a sensação de que aquele é realmente um momento de perigo, deixando-os ainda mais agitado, portanto, a melhor conduta é observá-los e apenas intervir se realmente for necessário.


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