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Economia de combustível e dinheiro no bolso para as férias

Da Redação

Economia 19/12/22

Viagens curtas ou longas exigem planejamento e das malas ao carro, tudo precisa ser visto e checado para aproveitar as férias ou encontrar a família nas festas de fim de ano. Da mesma forma que uma frente fria, indicada pela previsão do tempo, pede agasalhos entre as bermudas e os biquínis na bagagem, a manutenção do veículo é essencial para se chegar ao destino com segurança. Também a escolha do combustível contribui para que o carro renda mais na estrada e represente uma economia significativa no bolso do viajante.

Um carro com todos os itens revisados, manutenção em dia e pneus calibrados está preparado para uma viagem sem imprevistos. “O abastecimento do veículo é outra recomendação importante”, afirma Antonio Ticianeli, engenheiro especialista em petróleo e derivados e CEO da ecomanda Américas.

O engenheiro destaca que o desempenho dos veículos depende em grande parte de um combustível de qualidade. Gasolina ou etanol, a escolha está associada a vários fatores. “O etanol é 30% mais consumista, mas emite cerca de 40% de CO2 em comparação com a gasolina. Pela questão ambiental, minha recomendação é para que as pessoas, se puderem, utilizem o etanol”, destaca.

Outro ponto a ser considerado diante da bomba de combustível é o bolso do consumidor. “Aí vale fazer a conta. Se no posto a diferença de preço do etanol para a gasolina for maior que 30%, vale a pena utilizar o álcool. Se for menor que 30%, é recomendável abastecer com gasolina”, frisa Ticianeli.

As montadoras nacionais recomendam que a substituição da gasolina pelo álcool seja feita pelo tanque completo e rodando pelo menos 10 quilômetros após o abastecimento. Neste curto trajeto, o sistema do veículo calibra as emissões de gases e interpreta se o combustível usado é etanol ou gasolina. “Quando se troca o combustível sem rodar os 10 quilômetros, há aumento do consumo e o motorista precisará ir a uma concessionária para resetar o módulo de injeção do carro”, alerta o especialista.

Combustível aditivado ou aditivo no combustível? Segundo Ticianeli, o combustível aditivado, oferecido nas bombas, proporciona um ganho de 3% a 4% de rendimento. Na avaliação do especialista, os aditivos que podem ser colocados nos combustíveis, por sua vez, proporcionam menor demanda de manutenção do veículo, como trocas de filtros e velas, que podem ser estendidas.

De acordo com o especialista, os aditivos para os combustíveis têm três categorias básicas. Os detergentes e dispersantes, explica, fazem uma limpeza no sistema por onde corre a gasolina e o etanol dentro do motor e nos bicos de injeção. “Essa limpeza faz com que o combustível flua melhor, com melhor resultado para o veículo”, diz.

Na categoria “melhoradores de combustão”, os aditivos garantem que a quantidade de combustível injetada seja mais que suficiente para gerar energia para o motor. “Ou seja, há uma queima mais perfeita, com emissão de menor quantidade de gases poluentes. Isso também melhora as médias de consumo no carro, que no final do mês representa um ganho significativo”, observa.

Considerando o rendimento médio do brasileiro, que gira em torno de dois salários-mínimos, e o valor de um tanque de combustível, que chega a R$ 300, Antonio Ticianeli calcula que a partir da manutenção regular do veículo e do uso de aditivos no combustível é possível economizar cerca de 10% ao ano. “Para uma família, isso tem grande impacto”, diz o engenheiro. Nesta época do ano, contar com um dinheiro a mais no bolso é a oportunidade de aproveitar melhor as férias e mesmo investir no presente de Natal”, finaliza.


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