Em um mundo cada vez mais globalizado, conectado e sem fronteiras, é natural que você queira planejar uma viagem de férias, seja ela feita sozinha, em família, casal ou entre amigos e independente de como será feita, precisa ser planejada. 

Uma viagem de férias, seja nacional ou internacional, tem suas peculiaridades. Afinal, estamos lidando com diferenças de moedas, culturas e cenários que podem comprometer sonhos e expectativas se não forem bem planejados.

Viagem nacional

Antes mesmo de escolher o destino, o  primeiro passo é fazer um planejamento, uma previsibilidade de gastos, ou seja, o quanto acredita que irá precisar, ou o quanto disponibilizará de recurso.  A partir desse momento você terá uma meta a ser alcançada. Se você ainda não possui o recurso financeiro faça uma estratégia de quanto precisa guardar mensalmente até a data da viagem e busque uma alternativa de investimento como um fundo de renda fixa de baixo risco, tesouro Selic e até mesmo ativos indexados à inflação como Tesouro IPCA, caso a viagem seja realizada em menos de um ano.

Viagem internacional

Uma viagem internacional requer mais atenção, quanto mais tempo de planejamento melhor, pelo menos com dois anos de antecedência. Pelo fato de ser uma moeda diferente, com preços diferentes e oscilação diária, além disso tem a hospedagem, os roteiros turísticos, seguros obrigatórios, entre outros. Todavia, o principal risco financeiro numa viagem internacional é o risco de câmbio, mas a boa notícia é que é possível se proteger dele!

Assim como numa nacional, faça um planejamento das despesas e uma previsibilidade de quanto irá precisar para os gastos durante a viagem. Feito esse planejamento, comece a investir em ativos atrelados ao câmbio, por exemplo os fundos cambiais, são excelentes alternativas, que tem como objetivo acompanhar a oscilação da moeda de uso do seu destino. Outra opção é comprar diretamente a moeda em casas de câmbio. O ideal é fazer aportes consistentemente para aproveitar momentos oportunos de oscilação da moeda.

Cartão de crédito x cartão Pré pago x moeda em espécie

Outro detalhe importante numa viagem internacional, é qual a melhor forma de levar o dinheiro:

Cartão de crédito: é cômodo, seguro e rende milhas e alguns até cash back. Mas além do IOF , você está sujeito a variação cambial, ou seja, o fechamento do câmbio não será no momento da compra, mas sim no pagamento da fatura, podendo ter gastos extras.

Cartão pré-pago:  É mais seguro do que levar o dinheiro em espécie, mas paga IOF  e o câmbio é a taxa negociada no momento da transação.

Dinheiro em espécie: Além do risco, é cobrado IOF no momento da transação.

Ao planejar uma viagem, se programe com antecedência, pesquise passagens em sites comparativos de preços, use as milhas do cartão de crédito, se proteja do câmbio. E não esqueça que nesse tipo de projeto a rentabilidade é secundária, o tempo somado a um bom planejamento são fatores chaves para o sucesso da viagem.

Camila Morais  é assessora de investimentos e trabalha no mercado financeiro, com vasta experiência na área comercial, na prospecção, manutenção e controle de carteira de clientes.