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Da Redação
A saúde mental dos pets entrou definitivamente no radar da medicina veterinária. Casos de ansiedade, estresse e depressão em cães e gatos vêm crescendo nos consultórios e estão diretamente ligados ao ritmo de vida dos tutores.
Segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), mais de 35% dos cães atendidos em clínicas urbanas apresentam algum tipo de alteração comportamental relacionada ao estresse um reflexo da rotina cada vez mais acelerada dos donos e da falta de estímulo físico e mental no dia a dia.
O veterinário e diretor-geral da Faculdade de Medicina Veterinária Qualittas, Francis Flosi, explica que os animais absorvem o comportamento humano e reagem às mudanças emocionais e ambientais de seus tutores. “Quando o tutor vive sob estresse, trabalha demais ou muda de rotina constantemente, o pet sente. Eles percebem a ausência, a tensão e o desequilíbrio do ambiente. E isso impacta diretamente o comportamento e a saúde deles”, destaca.
Os sinais de alerta incluem automutilação, lambedura compulsiva, latidos ou miados excessivos, perda de apetite e apatia. Em gatos, é comum observar urinar fora da caixa de areia ou evitar contato social.
Flosi reforça que a prevenção depende de rotina estruturada, tempo de qualidade e enriquecimento ambiental. “A saúde emocional também é parte do bem-estar animal. Assim como nós, eles precisam de estímulo, afeto e estabilidade. O tutor deve compreender que cuidar do emocional do pet é cuidar da saúde como um todo”, finaliza.