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Da Redação
O mês de setembro e a cor amarela foram escolhidos como símbolo da prevenção ao suicídio, um assunto nada agradável de se falar, mas uma triste realidade que atinge o mundo todo e gera grandes prejuízos à sociedade. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano e, de acordo com especialistas, as mulheres possuem quase duas vezes mais chances de desenvolver depressão do que os homens.
Especialistas afirmam que é essencial buscar ajuda médica e psicológica profissional, trabalhar questões de autoestima e comportamentais. Um atendimento multidisciplinar é o mais indicado nos casos mais graves e pode incluir inclusive uma recuperação da autoimagem com o trabalho da consultoria de imagem.
Vanessa Rodrigues, psicóloga e especialista em desenvolvimento de aprendizagem emocional alerta que essa campanha é uma chamada, uma pausa para discutir e debater a importância de campanhas de saúde mental e prevenção ao suicídio. “O foco é trabalhar na conscientização das pessoas, despertar um olhar sensível para essa causa, poder reconhecer sinais de depressão e ideias suicidas, além de compartilhar ações de como evitar. Não existe receita ou manual para evitar o suicídio, contudo os alertas podem ajudar a interromper e desmontar pensamentos e dores das pessoas, quando encontram acolhimento adequado”, destaca.
Vanessa Rodrigues é psicóloga e especialista em desenvolvimento de aprendizagem emocional
Jana Romanini é consultora de imagem e já atendeu diversos casos de mulheres com problemas emocionais, na maior parte das vezes, alguém da família é quem toma a iniciativa de buscar a ajuda. “É muito comum a mulher que está em depressão deixar de se arrumar, não cuidar da aparência e se sentir cada vez mais inferior e não merecedora. Por isso, recuperar essa autoestima é um dos passos importantes no trabalho multidisciplinar que a paciente deve receber. Quando conseguimos alinhar a ajuda terapeuta, psicológica e a consultoria de imagem, formamos um time muito forte no combate à depressão e prevenção do suicídio”, orienta Jana.
As especialistas elencam que as mulheres possuem quase duas vezes mais chances de desenvolver depressão do que homens. “Usamos a classificação de depressão pelo humor deprimido contínuo, falta de interesse nos afazeres, perda significativa nos prazeres, autoestima baixa com prejuízo social que favorece o isolamento, pensamentos disfuncionais sobre si mesmo e uma visão muito pessimista sobre o futuro. A depressão possui três estágios leve, moderada e grave. Nos casos mais graves as ideações suicidas são frequentes”, alerta Vanessa.
Jana Romanini, destaca que o consultor de imagem bem-preparado estuda sobre o ser humano e seu comportamento, além da moda, por isso tem conhecimento técnico para extrair dessa mulher as aflições e os incômodos mais importantes. “À medida que essa transformação da imagem acontece, a pessoa vai percebendo, a cada elogio e comentário positivo que recebe, o quão incrível ela é. Essa experiência muda o olhar e a perspectiva dela em relação ao mundo e sobre si mesmo”, ressalta.
Jana Romanini é consultora de imagem e já atendeu diversos casos de mulheres com problemas emocionais
Sabe-se que praticamente 100% dos casos de suicídio estavam relacionados às doenças mentais, principalmente não diagnosticadas ou tratadas incorretamente. Dessa forma, a maioria dos casos poderiam ter sido evitados se essas pessoas tivessem acesso ao tratamento psiquiátrico e informações de qualidade. “O suicídio é um problema multicausal, de comportamentos multifatoriais, com componentes genéticos de predisposição presentes, que podem ser agravados por situações estressantes e perdas significativas, como luto, por exemplo. Tudo isso nos faz entender a particularidade de cada caso, portanto o conhecimento das causas ajuda na prevenção”, completa a psicóloga.
O acompanhamento psicológico com um profissional é essencial para a saúde mental
A pandemia escancarou o drama da saúde mental no mundo todo, consequência direta do nosso estilo de vida competitivo, dinâmico, e empobrecido de interações sociais. “É necessário ficar atento aos fatores de risco para ajudar as pessoas que tem pensamento suicida. Pensamentos de desesperança, com visão pessimista do futuro, sinalizar descontentamento com a vida. Alteração de humor, culpa, sentimento de inadequação social, tristeza continua por muito tempo, perda de interesse nas atividades e interação social, isolamento social, endividamento, e dificuldade de resolver problemas são comportamentos que sinalizam que algo não está bem. Além do uso de álcool e drogas que aumentam a ansiedade e promovem alteração da realidade dos fatos”, frisa.
Para a consultora, o trabalho é lento e vai além da imagem, reflete diretamente na saúde emocional. “São pequenos degraus que ela sobe a cada dia. Com técnicas e ferramentas mostramos o seu lado mais belo e quando ela cuida da aparência, percebe melhoras significativas no seu dia a dia e no amor-próprio, até se curar totalmente desse momento mentalmente sombrio”, conclui Jana.
Olhar para o espelho e gostar do que vê promove uma transformação de dentro para fora