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Restaurante Macaxeira recebe Diploma de Mérito Gastronômico da Câmara Municipal de Campinas

Andréa Barbieri

Gastronomia 20/07/22

A Câmara Municipal de Campinas entregou ontem (19/07), o Diploma de Mérito Gastronômico ao Macaxeira Campinas Restaurante & Cachaçaria, que desde julho de 2018 se transformou em uma referência na cidade quando se fala em culinária nordestina.

A Sessão Solene do Legislativo Municipal de Campinas foi realizada no próprio restaurante e para comemorar o momento, o Macaxeira recepcionou os vereadores e convidados com um delicioso coquetel e degustação de pratos, além de um show com Fabinho Azevedo.

A proposta da entrega da honraria ao Macaxeira Campinas foi do vereador Luiz Carlos Rossini, que apresentou o projeto à Câmara, aprovado como Decreto Legislativo 5160 em 27 de outubro de 2021. Desta forma, a Câmara tem por objetivo condecorar pessoas ou entidades que tenham contribuído para o desenvolvimento da gastronomia em Campinas. 

Valorizar os sabores da culinária regional brasileira em um ambiente acolhedor e acessível: essas são as marcas registradas do Macaxeira, que desde julho de 2018 se transformou em uma referência em Campinas, não apenas de gastronomia nordestina, mas também como um espaço que traz o Nordeste e toda sua riqueza cultural para o município. 

O Grupo Tapioca, de Campinas, é o responsável pela expansão da rede que está presente na capital paulista nos bairros Itaim, Pinheiros, Perdizes e Morumbi, sendo os três últimos abertos nos últimos dez meses. 

Em outubro o grupo abrirá sua primeira unidade em um shopping, no Shopping Vila Olímpia, e, nos próximos meses, mais uma unidade de rua, na Zona Sul de São Paulo. 

A temática nordestina sempre foi um ativo para o Macaxeira se tornar uma marca forte e representativa em Campinas. Mesmo assim, desde que abriu as portas, o restaurante procurou estar próximo da cultura do município. Foi no Macaxeira, por exemplo, que em 2018 foi lançado o livro Majestoso 70, que conta a história do estádio Moisés Lucarelli, da Ponte Preta. Em 2019, abriu as portas para a noite de autógrafos do livro Guarani em Noite de Gala, o qual relembra a noite em que o Bugre goleou o Santos de Pelé por 5 a 1.

Do futebol para o Carnaval: em 2019 o restaurante foi escolhido para o lançamento do samba-enredo A Vila Vai Virar Sertão, do mais tradicional e antigo bloco carnavalesco de Campinas, Nem Sangue Nem Areia. 

O Restaurante

Com projeto do renomado arquiteto Otávio de Sanctis, na entrada uma imensa porta de madeira azul com 4,5 metros de altura, marca registrada das unidades da rede recepciona os visitantes, a sacada da frente conta com um jardim de temperos, teto revestido de bambu e capacidade para 150 pessoas, o local foi pensado para garantir um ambiente despojado, com várias referências à cultura popular brasileira, que também serve como inspiração para os pratos e à carta de drinques.

Também há um espaço destinado à exposição de dezenas de exemplares de livros de cordel, o teto do salão principal é decorado com fitinhas do Senhor do Bonfim e uma vez por semana o restaurante abre espaço para música ao vivo com apresentações de forró. 


A comida  

Variedade de pratos com tempero, sabor, sotaque e alma nordestina, um dos destaques do cardápio é a carne seca desfiada com cebola roxa. Desfiada manualmente, chega a levar oito horas para ser dessalgada e é o item campeão em pedidos. 

Outra delícia é a carne de sol assada, outra opção bastante requisitada. A iguaria demanda um processo que começa dez horas antes de estar apta para ser consumida. Até ir ao forno, passa por etapas de salga e defumação. Depois de pronta, é servida com manteiga de garrafa, pimenta biquinho e alho assado. 

O baião de dois, que leva o arroz com feijão mais famoso do Nordeste recebe na cozinha todos os incrementos que a boa receita recomenda: "arroz com feijão" puxado na manteiga de garrafa, incrementando com queijo coalho, linguiça, bacon e carne seca. 

Para petiscar, a porção de torresmo, que é preparada com antecedência e feitos com panceta de porco e marinados durante seis horas (um dos segredos para realçar a crocância), e expostos durante quatro horas à defumadora, que chegam quentinhos e crocantes na mesa em duas versões: torresmos e torresminhos. 


Bebidas e drinques

São mais de 60 variedades entre aguardentes compostas, blends de madeiras, madeiras exóticas, puras, armazenadas em umburana, bálsamo, jequitibá, entre outras. Importante: provenientes de polos de produção artesanal, como Minas, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. 

O Nordeste, é claro, está no roteiro da carta de cachaças da casa, com representantes principalmente da Paraíba (Bananeiras e Duas Estradas) e do Ceará (Ypióca 160). 

Armazenada em barris de carvalho, a paulista Sebastiana, produzida em Américo Brasiliense, a 287 quilômetros da capital, é, no entanto, a mais pedida nos happy hours. 

Mas nem só de cachaça vive o homem. O expressivo público feminino que marca presença nos restaurantes da rede, por exemplo, prefere a não menos nacional caipirinha.

Elas sabem o que querem: nenhuma tem mais fãs que a Bonita Maria, feita com caju, cajá, maracujá e hortelã. Flor do Serrado, com morango, tangerina, maracujá e limão, juntamente com a caipira feita à base de caju, limão cravo e mel de abelha silvestre, também estão no topo do ranking do público feminino. Haja moderação para tanta delícia.


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