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Projeto ensina comunicação não-violenta nas redes sociais

Da Redação

Cidades 26/09/22

Parceira do Colégio Crescer com a PUC Campinas capacita alunos para usar redes sociais de forma responsável

A pandemia de covid-19 fez explodir o uso da internet no mundo todo e segundo dados da TIC Kids Online Brasil, a proporção de usuários de Internet de nove a 17 anos passou de 79%, em 2015, para 94% em 2020. Se por um lado o compartilhamento de conhecimentos, experiências e vivências por meio das redes sociais tem ajudado os jovens, particularmente na faixa etária dos 15 aos 18 anos, a se expor e inserir-se no meio social, por outro ele é facilmente manipulado pelos efeitos maléficos da internet, como o bullying digital que consiste em perseguição, ataques e ofensas no ambiente virtual.

 

No projeto “Vozes Juvenis”, os jovens aprendem a usar a comunicação não violenta para expor opiniões

Para ensinar a se posicionar e relacionar nas redes sociais de forma responsável, um grupo de alunos do ensino médio do Colégio Crescer está participando do “Vozes da Juventude”, um projeto da PUC-Campinas, em que o objetivo é ajudar os jovens a expandir sua capacidade de expressão. “Para que as redes sociais possibilitem sua inclusão no ambiente digital, é preciso que as juventudes a manifestar suas opiniões. Com o domínio de competências, as juventudes podem utilizar as redes sociais como um espaço para inserir-se como cidadãos, nas suas comunidades”, explica a coordenadora do programa, Ciça Toledo.

As reuniões on-line são semanais e encontros presenciais uma vez por mês para debater temas de interesse dos jovens. “A partir dessa discussão em grupo, os estudantes são orientados a produzirem conteúdos, em formato de posts ou podcast, expondo a opinião com um discurso não violento, sem ofensas ou agressões, comuns nas redes sociais. Muitas vezes, o grupo busca ouvir diferentes opiniões para produzir o conteúdo mais democrático”, detalha a coordenadora do ensino médio do Crescer, Maricy Guimarães.

A aluna Adriellen Ferreira está no último ano do ensino médio e é uma das mais emprenhadas no debate e na produção de conteúdo. “Participar dessa experiência tem permitido abrir nossas mentes para novas discussões e debates, ainda mais no atual momento político e social tão intolerante e agressivo. Me fez refletir sobre como eu me expresso para ser compreendida e ter minha ideia respeitada, dessa forma mudou totalmente a forma de atuar nas redes sociais porque percebemos que podemos construir rodas de conversa muito enriquecedoras para todos nós e usar a boa comunicação para abrir e não fechar uma discussão”, reflete a aluna.

“O objetivo é ampliar esse projeto aqui no colégio e estamos estudando algumas possibilidades. O grupo que está participando hoje do programa vai ser agentes multiplicadores e podem impactar não só os colegas, mas também todas as famílias de nossos alunos”, finaliza a coordenadora do Colégio Crescer.


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