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Febre maculosa: saiba como o carrapato-estrela transmite a doença

Da Redação

Pet 23/06/23

Campinas registrou mortes por febre maculosa desde o início deste mês, entre as vítimas, algumas participaram de festas na área rural e apresentaram sintomas de febre, manchas avermelhadas pelo corpo e dores. A febre maculosa é uma doença causada pela bactéria Rickettsia e transmitida pela picada do carrapato-estrela. 

Segundo o veterinário Francis Flosi, a época seca do ano contribui para a espiritualidade do parasita, além da temperatura, o carrapato-estrela muda de hospedeiro algumas vezes durante o ciclo de vida e sempre está presente onde dez animais, principalmente os mamíferos.

As capivaras não são as únicas a receber este hospedeiro, há parasitose dos carrapatos em cavalos, bovinos, cachorro, gato, gambá, outros roedores, inclusive o ser humano. “Há também a possibilidade de que a transmissão da bactéria promovida no momento em que os carrapatos infectados e aderidos à pele dos hospedeiros sejam retirados com as mãos desprotegidas”, explica Flosi.

O período de incubação é de dois a 14 dias, com média de sete dias após a picada. O tempo médio para a inoculação da bactéria gira em torno de quatro a seis horas de parasitismo, mas depende de cada espécie de carrapato.

Entre complicações, edemas, anasarca, insuficiência renal, manifestações neurológicas, hemorragias, miocardite, insuficiência respiratória, hipotensão e choque. “Os principais fatores de risco que aumentam as chances de contrair uma infecção por febre maculosa são viver ou frequentar áreas onde a doença é comum, como locais rurais ou arborizados”, explica o veterinário.

Entre os sintomas estão febre alta e súbita, cefaleia, hiperemia conjuntival, dor muscular e articular, mal estar, dores abdominais, vômito, diarreia, manchas na pele e pequenas bolhas ou bolhas. “A infecção na forma definitiva é preciso que o carrapato fique preso à pele do ser humano por pelo menos quatro horas. Vale ressaltar que o carrapato que tem uma bactéria fica com ela durante toda a vida, podendo passar a doença para outros indivíduos”, diz Flosi.

O especialista alerta para que se um carrapato infectado se prender à sua pele os passos a seguir devem ser seguidos. “Para remover o carrapato da sua pele, use uma pinça para agarrá-lo e remover com cuidado. Trate o carrapato como se estivesse contido, mergulhe o parasita em solução de álcool ou cloro, limpe a área da mordida com antisséptico e lave bem as mãos”, destaca.

Paulo Abílio, professor e pesquisador da FioCruz frisa que uma forma de prevenir a doença é quando entrar em contato com animais ou áreas que podem ter carrapatos, checar o corpo por esses insetos presentes e tomar bastante cuidado ao removê-los da pele e procurar um serviço médico urgente relatando o doloroso. “É importante o uso de repelentes e roupas mais fechadas e em tons mais claros em passeios em áreas rurais para que possa ver o carrapato na roupa, além de evitar chinelos ou andar descalço, já que o parasita sobe nas pernas”, explica o pesquisador .

A capivara é tão vítima quanto pessoas e animais, e ela se desloca em áreas grandes como centro e parques, aumentando esse contato em áreas mais urbanas, como ocorre no Rio de Janeiro e em São Paulo, aumentando o risco de pessoas se infectarem e desenvolverem a doença. “Esse parasita faz parte da doença de zoonose devido a condição dos óbitos e por isso a importância deste trabalho em conjunto na área médica, tanto de humanos quanto de animais”, diz Abílio. 


 



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