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Da Redação
Embora a dengue não seja especificamente conhecida por causar problemas específicos de pele, é importante mencionar que alguns sintomas da dengue afetam a saúde da pele.
A dermatologista Debora Campozan explica que alguns efeitos colaterais e complicações comuns da dengue podem afetar a pele. “A febre alta e a hidratação associada à dengue podem causar ressecamento da pele. Além disso, o uso de medicamentos como analgésicos e antipiréticos pode contribuir para a pele seca como efeito colateral. Isso pode levar à descamação da pele, especialmente em áreas mais expostas ao sol e ao calor. É importante ressaltar que, durante a recuperação da dengue, é comum que a pele fique mais sensível. Portanto, é essencial utilizar hidratantes adequados e evitar o uso de produtos que possam irritar a pele”, destaca.
O especialista pondera que algumas pessoas sentiram experiências intensas na pele durante ou após um episódio de dengue. “Embora a causa exata dessas visões não seja clara, pode estar relacionada à resposta imunológica do corpo à infecção viral ou às respostas alérgicas a medicamentos usados no tratamento da dengue. Nesses casos, é importante medicar e evitar coçar o local para prevenir lesões e infecções secundárias”, avalia Debora.
Alguns pacientes podem experimentar hipersensibilidade bloqueada durante ou após a dengue, o que significa que a pele pode se tornar mais sensível a certos estímulos, como toque, calor ou substâncias químicas. “Isso normalmente é temporário e geralmente diminui à medida que uma pessoa se recupera da infecção. Durante esse período, é recomendado evitar o uso de produtos que possam irritar a pele, como loções perfumadas ou produtos de limpeza prejudiciais”, frisa a dermatologista.
Nos casos mais graves de dengue, ocorre uma redução significativa no número de placas no sangue, conhecida como trombocitopenia, o que pode levar a uma condição chamada púrpura trombocitopênica, caracterizada pelo aparecimento de pequenas manchas vermelhas ou roxas na pele, conhecida como púrpura. Essas manchas são resultado de hemorragias capilares sob a pele e geralmente aparecem em membros e no tronco. “É importante ressaltar que esses efeitos relatados podem aparecer tardiamente quando o doente já está em recuperação, sendo mais comuns em casos mais graves de dengue ou em pessoas com predisposição a certas condições dermatológicas”, afirma Debora Campozan.
A dermatologista ainda alerta para o uso de repelentes, que são de extrema necessidade nesta época de muitos casos da doença. “Para reduzir o risco de picadas de mosquitos transmissores da dengue, o uso de repelentes é recomendado. No entanto, é essencial escolher um repelente seguro para a pele e seguir as instruções de aplicação do fabricante. Opte por repelentes que contenham ingredientes como DEET, icaridina cujos estudos mostram ser mais eficazes”, finaliza a médica.